sábado, 1 de maio de 2010

Reflexões sobre a Encarnação

Das pessoas da Santíssima Trindade apenas o Filho tem uma presença concreta na vida da humanidade.

A humanidade adorou o Pai nos templos e nos montes, percebeu o Espírito no sopro do vento, no calor do fogo e na pomba que voa, mas foi somente ao Filho que ela teve o prazer de abraçar, a felicidade de conversar, tocar, seguir, como somente o Filho pode abraçar o homem, sentir os mesmos desejos,as mesmas dores e cheirar os mesmos cheiros, alimentar dos mesmos sabores. Somente ele tocou a pele quente e crestada de sol de uma pessoa, sentiu o hálito e acariciou sua cabeça.

As manifestações do Espírito, as pneufanias, foram poucas. Em forma de pomba , de vento ou de fogo, mas inacessível ao tato humano.

O Pai teve um número maior de manifestações, as teofanias, desde o Antigo Testamento, e essas manifestações sempre foram por meio do som quer seja trovões quer seja a voz.

Já, o Filho se manifestou na forma humana, se encarnou como homem e teve uma vida humana semelhante em tudo aos seres humanos passando pelas etapas de infância , adolescência e adulto, foi alimentado com leite humano, sentiu frio e foi agasalhado com roupas humanas tecidas por mãos humanas e muitas delas com lãs que ele próprio colheu.Serviu-se de alimentos fabricados pelo homem e embora fosse o Pão da vida, ele se alimentou do pão dos homens para ser um com eles.Pão feito com trigo que ele colheu e moeu, pela massa que ele ajudou a sovar e assar, pão que o saciou no silencio de seus retiros ou no alarido da turma que o seguia. Pão que lhe deu forças para a caminhada humana como a tantos outros homens.

Ficou com os pés grossos e calejados pelas longas caminhadas em desertos áridos ou estradas lamacentas.

Das três pessoas da Trindade somente o Filho sentiu as necessidades humanas.

O Filho teve uma vida histórica e por isso ele é o Senhor da história.

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